Hoje é a minha última postagem do ano. E, claro, teria que encerrar 2013 com uma música nova pra rapaziada. Esta se chama "Carta".
Por essa música, gostaria de agradecer meus pais, Nina e Fernando Pacheco, que me deram uma força nos backing vocals.
Aproveito a oportunidade para agradecer a você, frequentador do meu espaço destinado à música autoral de Minas Gerais. Muito obrigado por valorizar a arte do nosso Estado; por possibilitar que o sonho de gente talentosa se torne realidade. Obviamente, não falo de mim. Falo dos artistas que divulguei aqui ao longo do ano. Que venha muito mais em 2014! Pois o show nunca pode parar!
Quanto a mim, foi um ano de mudanças no rumo da carreira, um ano muito produtivo, um ano de luta nessa estrada árdua e sinuosa. Muito obrigado, também, aos músicos que me acompanharam ao longo deste ano nos shows. Nomes como meu eterno parceiro Bernardo Silvino, Pedro Rodrigues, Leo Lago, Richard Neves, Caio Plínio, meu "irmão" Leo Butch... tamo junto!
Primeiramente, feliz natal a todos que frequentam este meu espaço musical. É sempre muito bom receber a visita de vocês!
E hoje, nesta data natalina, divulgo mais uma música inédita: "Respiração". Esta música foi escrita em 2011, durante a minha passagem pela Nova Zelândia.
A minha base no país foi em Auckland, em uma casa afastada do centro da cidade. Quem conhece Auckland, sabe que a cidade é, atualmente, a junção de cinco municípios anteriormente independentes. Isso faz com que a cidade seja bastante espaçada, tendo regiões bem distantes umas das outras. A casa onde fiquei hospedado situava-se na região de Whitford, à beira do Mar da Tasmânia. É uma região cercada de muita natureza, e muito vento também. Clima bastante instável, até mesmo pela geografia do lugar.
Em uma certa noite, estava eu tentando dormir quando começou uma tempestade. Ventos muito fortes e ululantes, chuva pesada. Fiquei a olhar pela janela a dança das árvores e das águas. Pensei nos bichos se abrigando de forma precária da força da natureza. Também pensei no processo de renovação da vida na Terra, no processo de renovação do solo, das sementes sendo transportadas, espalhando vida... e me dei conta de que aquela tempestade era a respiração do planeta.
Com tudo isso em mente, escrevi esta música, ainda durante aquela madrugada, e agora compartilho com vocês.
Abraço, e, mais uma vez, feliz natal!
P.S.: A imagem de fundo da música é de Rotorua, região de atividade vulcânica.
Além da música, eu também gosto de me aventurar em outras artes. E, como bom amante da literatura, gosto muito de escrever. Inclusive, no momento, estou escrevendo um romance; o primeiro que pretendo publicar. Mas é um trabalho de paciência. Algo pro futuro, que vai sendo construído aos poucos.
Outro dia, fuçando meus arquivos, encontrei um conto que escrevi anos atrás, creio que em 2007. Estava perdido aqui. Como bom amante de literatura e cinema de horror, o conto segue nessa linha. Encaminhei a um site bacana que acompanho. O pessoal gostou e publicou o conto.
Sei que é um gênero barra pesada, e que pessoas que não são fãs não encontrarão muito entretenimento no conto. Porém, quem for amante das artes do horror, creio que ficará satisfeito.
Satisfeito já fiquei com o primeiro comentário que pintou por lá: "Obra-prima do terror, fantástico, nauseante e violento como um filme trash." Opa! Muito obrigado hehehe.
Amanhã, tocarei com o amigo Pedro Prates, com quem fiz parceria nesta música, "Aonde Vou". Ela já está circulando há algum tempo, porém, fica aqui o registro, para que aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir, possam conhecer.
Assim como no caso da música do Ronaldinho (clique aqui), esta é uma produção dele. Na época, eu ainda não estava me aventurando neste campo.
O vídeo é de um pessoal de Portugal, e se chama "Much Better Now". Sua versão completa pode ser encontrada facilmente no Youtube. Utilizamo-lo por encaixar perfeitamente no que a música demandava.
A música nova de hoje, "Der Metzgermeister", me obriga a parar e aprofundar um pouco antes que seja devidamente apresentada a vocês. Primeiro, porque se trata de um heavy metal, e segundo, porque se trata de uma história de terror; terror na vida real.
Sempre fui fã de heavy metal. Quando era adolescente, só ouvia bandas de heavy metal, era cabeludo, e compunha músicas no estilo. Foi um belo aprendizado, tentar compor num estilo dominado por músicos extremamente técnicos e dedicados.
Ocorre que os anos passam, a gente vai envelhecendo, conhecendo coisas novas, e a vida nos leva a outros caminhos. Por isso, não dediquei minha carreira musical ao heavy metal. No entanto, a paixão sempre permanece.
Quanto à música de hoje, esta foi escrita em 2006. Faz tempo...
A temática dela é o nosso querido Armin Meiwes, o "Metzgermeister" (Açougueiro Mestre). Ele foi o responsável por expor ao mundo uma situação que realmente nos faz crer que a vida é bem mais estranha que a ficção.
Na época em que escrevi a música, eu tinha acabado de assistir ao filme "O Albergue" no cinema, e isso me levou a procurar saber mais sobre o que tratava o filme.
Para meu espanto, descobri que a ideia inicial para o filme seria a produção de um documentário, sobre um esquema macabro que ocorre na Tailândia, onde membros de famílias extremamente pobres "doam" a sua vida e seus corpos a uma organização criminosa, em troca de uma quantia de dinheiro que possa sustentar seus entes. Pelo que pude averiguar, o diretor Eli Roth, com medo de acabar fazendo uma visita forçada ao "art show" tailandês, desistiu da ideia do documentário, e acabou fazendo um filme de ficção, com o mesmo mote, digamos assim.
A história dessa "organização" tailandesa retrata uma situação onde há consentimento da violência por ambas as partes; a vítima, por questão financeira.
Já no caso do Metzgermeister, a coisa é pior. Há consentimento por prazer. Trata-se de canibalismo, sendo que a pessoa que é devorada deseja e anseia pela coisa. O caso tomou notoriedade internacional, virou filme ("Rohtenburg"), música do Rammstein ("Mein Teil"), então, não irei descrever os acontecimentos aqui. Apenas ressalto que toda a ação de Meiwes e sua presa foi filmada, para que fosse comprovado o consentimento do ato; fato que quase o colocou em liberdade, por ausência de tipificação legal. Ressalto, também, que duas outras possíveis vítimas prestaram depoimento no julgamento, dizendo que queriam se tornar vítimas de Meiwes, mas que ele os rejeitou. É mole?
A birrazice desses casos de violência consentida nos leva a refletir sobre o quão maluca realmente é a mente humana.
A melhor coisa da internet, para mim, é o acesso fácil e rápido à informação, além de democratizar a mídia (pelo menos, até o momento). E isso me permite conhecer a música de muita gente até então desconhecida para mim. E a banda sobre a qual escrevo hoje é um bom exemplo disso.
A banda se chama Marfim, e vem da cidade de Itabirito/MG (terra do nosso grande Telmo, que, com sua Confraria, está sempre abrindo as portas pra novas bandas).
No Facebook, participo de um grupo de músicos autorais do estado, aquela coisa toda, e todo dia rolam postagens pela rapaziada de músicas novas, e às vezes, aparece algo realmente interessante. E foi o que aconteceu com o pessoal da Marfim. Postaram um som porrada, sonzeira mesmo, com uma produção bacana, timbragem boa, tudo nos trinques. Fiquei cativado de cara com o som desse pessoal. Veja se estou errado:
Após elogiar a música, recebi do guitarrista Luiz
Fernando Sabino dica de nova faixa da banda, que seguia a mesma linha de qualidade. Confira abaixo:
Agora, quero partir para o "ao vivo". Quero ver a banda no palco. Como conheci a banda há não muito tempo, e apenas pela internet, não sei tanta coisa sobre ela. Sei que foi formada em 2012, e conta na sua escalação com o vocalista/guitarrista André Marcuci, o já mencionado guitarrista Luiz
Fernando Sabino, o baixista Matheus Marcuci, e o baterista Jhames Fortunato. E que têm um belo futuro pela frente, seguindo nessa linha de qualidade apresentada nessas duas músicas.
Pra quem gosta de um famoso e popular "roquepesado", como eu, é uma boa pedida!
A turma que conheceu a minha antiga banda Lobos de Calla, certamente está familiarizada com a música "Amor Moderno". Afinal de contas, além de ser a faixa de abertura do nosso segundo disco, "Cores e Nuvens", sempre foi número certo nas nossas apresentações.
Pois bem. Eis que estava vasculhando meu e-mail atrás de um texto que sabia ter em seus arquivos, e o encontro junto a diversas letras de músicas, todas escritas em 2007. É uma pena saber que, naquele tempo, eu não tinha como registrá-las, da forma como faço hoje. Então, muitas se perderam pelo caminho, pois, sinceramente, não lembro a melodia. Eu realmente gosto do que faço, gosto das músicas que faço, e me entristece o fato de saber que muita coisa que poderia ter me deixado satisfeito com o resultado não tenha sido gravada. Mas, enfim...
Voltando ao tema da postagem, encontrei em meio a essas letras uma que escrevi após assistir ao filme "9 Songs", "Let Her Go (on the Rock'n Roll Show)". O filme pode ser um pouco explícito demais para o gosto de algumas pessoas, porém a temática é interessante, se passa na Inglaterra, e é recheado de apresentações ao vivo de bandas fodas, como Black Rebel Motorcycle Club, Franz Ferdinand e Primal Scream.
Na época, escrevia músicas apenas em inglês. Assim como esta. E, na verdade, esta é a letra original para a base de "Amor Moderno", que fui adaptar mais tarde para a letra que acabou entrando no disco da Lobos de Calla.
P.S.: "Amor Moderno" não tem nada a ver com o filme.
Hoje é dia de música nova. Esta aqui se chama "Noite de Tormenta". É um rock, bem lado B mesmo, que fala de insônia, da safra de 2012. Na verdade, ela foi escrita em uma autêntica noite de insônia.
O riff estava guardado na gaveta, esperando por uma letra, um complemento melódico. Até que, em uma noite muito chuvosa, na qual eu não conseguia dormir de forma alguma, desisti de tentar, peguei o caderno e a caneta e me forcei a escrever alguma coisa. O resultado foi (quase) essa letra. Mexi em uma frase ou outra, mas basicamente, foi o que veio na hora. Uma música sobre insônia, escrita no meio de uma experiência prática.
Sei que, com essa rotina maluca dos dias de hoje, muita gente acaba sofrendo desse mal em algum momento / período. Então, acho que muitos poderão se identificar com a letra.
.jpg)