quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Música nova - "Mãe"

Alô alô, pessoal!

Após um tempo sem postar músicas novas, em decorrência da dedicação ao novo disco da Lobos, eis aqui a primeira de 2017: "Mãe".

Recentemente, eu me casei e, pela primeira vez na vida, eu de fato saí de casa. E essa música fala disso; de partir para não mais voltar; não como já foi um dia. A casa nunca mais será a mesma, e quem vai leva a dúvida do desconhecido, enquanto quem fica aceita o peso da saudade.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

"Às Vezes Eles Voltam" - O novo disco da Lobos de Calla


Hoje, escrevo a postagem mais especial para mim do blog. A que me traz a maior realização pessoal desde que inaugurei este espaço. Pois trata-se do primeiro disco, da primeira gravação oficial que faço, desde 2011, quando gravei com a Lobos de Calla o disco "Cores e Nuvens". E foi apenas agora, em 2017, quase seis anos depois, que me aventurei novamente em um estúdio com a banda.

Os motivos para um intervalo tão grande podem ser compreendidos por meio de vários vídeos que divulgamos no nosso canal no youtube, em especial a série "Lobos de Volg" - que você pode conferir aqui. 

Basicamente, a banda passava por um momento delicado, na virada do ano de 2012 para 2013. Os integrantes viviam etapas diferentes em suas vidas; os objetivos individuais não convergiam em uma direção comum. Coisa normal que acontece, mas que impossibilita o trabalho de uma banda profissional, que busca de fato desenvolver uma carreira. Então, a banda se separou, e eu permaneci com meu sonho solitário de escrever música pela música, fosse como fosse. Perdi um pouco da ambição, do medo de errar, da vontade de acertar... eu queria só gravar. Assim, montei meu home studio, bem simples, com equipamentos bem modestos, e criei esse espaço - blog, no qual poderia me manter de alguma forma conectado com as pessoas que tivessem por ventura algum interesse no meu trabalho. Quis também trazer para perto gente que eu acho interessante. Gente que está onde eu estou, tentando fazer o mesmo que eu tento... que é só tocar música boa. Nunca quis me restringir a um estilo específico musical, nunca quis tecer críticas, nunca quis falar de algum trabalho que eu não gostei... o que eu mais quis em todo esse período foi mostrar para essa galera que aqui existe um sujeito que entende e admira o que eles estão fazendo.

Bem, ao longo de todas essas publicações, desde 2013, eu basicamente apresentei o que seria o novo disco da Lobos de Calla. Na época, eu mesmo não sabia. Achava que a Lobos tinha sido um sonho de algumas noites de um verão, e que estava morta e enterrada. Escrevi, gravei, e aqui publiquei dezenas de músicas. Todas as oito escritas por mim que compõem o novo disco foram publicadas aqui em suas versões home studio. Apenas as duas do Diego Mancini, atual baterista da banda, não foram aqui divulgadas. Fazendo um flashback e comparando as versões caseiras com as versões devidamente produzidas no estúdio pelo mago Raphael Mancini, você poderá perceber exatamente a ideia que tive para um determinado trecho, ou o arranjo que foi mantido em sua integridade, ou a linha de baixo que foi modificada e totalmente criada pelo Bernardo Silvino, e mais do que qualquer outra coisa, a diferença de pegada quando apenas eu estou envolvido e quando existem outras cabeças com outras ideias somando-se ao trabalho. É um exercício que eu considero interessante.

Eu não acreditava em uma volta da Lobos de Calla, mas ela aconteceu. De uma forma muito forte, intensa, obstinada, ambiciosa. Essa tal da ambição, que eu tinha deixado de lado, voltou com força total. Eu não tinha expectativa de gravar novamente com uma formação de banda. Queria fazer um disco meu. Sonhei com esse disco durante três anos. Mas sonhar sozinho é difícil. Ter que fazer tudo sozinho é difícil. É cansativo. Falta um certo combustível que te faça querer ir um pouco mais adiante. Por mais que conviver em banda não seja sempre fácil, ter uma banda que não te dê o suporte emocional e de mão de obra diário, que seja apenas um trabalho da agenda, não é o suficiente para mim. Eu bem que tentei, e foi tocando com alguns dos melhores da praça. Mas eu não consigo, e reconheço que é uma fraqueza minha. E foi nessa levada, com essa convicção crescente, que a ideia de fazer o disco em uma inesperada volta da Lobos foi ganhando força. Porém, a ambição ainda não estava lá. Mas, à medida que a gente se juntou e o trabalho começou a caminhar, ela voltou com a tal força total que eu disse acima. Inicialmente, eu nem fazia questão de tocar ao vivo. Queria apenas gravar o disco. Agora, eu quero tocar no Faustão, no Rock in Rio, na novela das oito, e gravar um DVD com uma mega produção no Matriz, para poder retribuir tudo que essa casa já fez por todo mundo que um dia começou um sonho de ser músico em Belo Horizonte.

A Lobos voltou. Voltou babando, com fome. De corpo e alma. E essa volta não poderia se dar sem uma frase do Mestre Stephen King: "Às Vezes Eles Voltam".

Confira o disco em algum desses vários canais abaixo, e não se esqueça de se inscrever no nosso canal do Youtube.

Nos vemos nos shows!