quarta-feira, 5 de abril de 2017

Entrevista com André Prando

Alô alô pessoal!

Amanhã, quinta-feira, dia 06/04, teremos na casa de música autoral A Autêntica, em Belo Horizonte/MG, show do capixaba André Prando; músico e compositor que é destaque no cenário independente brasileiro. Eu, particularmente, fico muito feliz com a notícia, pois, além de poder acompanhar o show da fera, ele virá para abrilhantar a noite de lançamento do disco da minha banda Lobos de Calla, "Às Vezes Eles Voltam"; noite que ainda contará com a Devise, uma das bandas mais legais de Minas, já apresentada aqui em outras oportunidades.

O músico, que já passou com seu rock psicodélico por alguns dos principais palcos de música alternativa no Brasil, apresentando seu primeiro disco solo "Estranho Sutil" e seu EP "Vão", me concedeu a honra de dar uma palavrinha aqui para o blog, falando um pouco sobre sua passagem por BH, seu momento musical, e claro, o famoso e popular futuro. Alô Mãe Dinah! Vem comigo.


E.L.: André, você que é um camarada que já tocou outras vezes em BH, qual sua expectativa para esse show e qual a sua relação com o público local?

A.P.: Pois é, cara, já toquei algumas vezes em BH. Acho que uma das primeiras vezes foi na noite Cantautores, um evento tão maneiro que é o Cantautores, e foi no Teatro Spanka lá no Baixo Centro. Outras vezes também já tinha ido a BH visitando e sempre achei o cenário muito maneiro. Acho que o Baixo Centro foi um dos primeiros lugares que conheci ali. E desde as primeiras vezes que eu fui, sempre foi um público muito receptivo. Desde o primeiro show que eu fiz, sempre apareceu uma galera interessada, que já acompanhava o trabalho pela internet e estava aguardando o show, então sempre foram shows bem quentes, bem legais. Essa é a primeira vez que eu levo o show com banda. Eu sempre fui em voz e violão, e agora com banda, acho que não poderia ser em um momento melhor, porque além de ser o show completo, a gente está com um show novo. Na formação, a gente acrescentou um teclado agora, um sintetizador, então o som está bem lisérgico, bem maneiro. A gente toca músicas novas, além de tocar músicas do "Estranho Sutil" e do "Vão", que são os outros discos. Enfim, estamos preparando esse 'despedindo', mais ou menos, do "Estranho Sutil" e começando a preparar o terreno para disco novo. Vai ser bem maneiro. E desde o início, a gente falando em levar show completo para BH, sempre quis que fosse na Autêntica, porque é a casa referência de música autoral em BH. A gente sabe que tem várias casas maneiras, mas já com uma cena de cover e tal, e a Autêntica veio pra fazer a diferença mesmo e pra fazer bonito. Enfim, que bom que rolou agora, e obrigado pelo convite.

E.L.: O seu disco "Estranho Sutil" é um disco bastante elogiado por crítica e público. Como foi a concepção desse disco? Composição, produção...

A.P.: Cara, "Estranho Sutil" foi um disco feito por muito tempo. Foi um disco demorado. Um disco de músicas que eu compus não no momento de gravação do "Estranho Sutil", mas de alguns anos antes e músicas que foram sendo feitas no decorrer de alguns anos e compondo um mesmo universo. E aí, quando chegou na época de produção do disco, na verdade, já tinha muitas outras músicas na manga, mas existia um universo de algumas dez músicas ali, que são as do disco, que já conversavam muito bem. Então, nenhuma delas poderia sair depois, sabe... poderia deixar de estar naquele universo ali. Conversavam muito bem dentro do conceito do que é o torto, as diferentes perspectivas das coisas e suas relativizações.
O disco foi lançado de forma independente, foi gravado no estúdio Torre Inc., sob produção do Rodolfo Simor. É isso aí. Muita energia depositada.

E.L.: Recentemente, você lançou o single "Em Chamas No Chão". Seria uma espécie de prólogo de um novo disco que se avizinha?

A.P.: Pois é, como eu disse. A gente está em um momento agora de circular com o show que já tem uma efervescência de coisas novas mesmo. A intenção é de que saia um disco novo até o fim do ano, então, saiu essa gravação que foi pra coletânea "Faixa 6", e já está disponível, já rola nos shows. Já mostra uma sonoridade diferente, pra quem já acompanha o trabalho há algum tempo ver que, não que seja uma proposta diferente, mas que o som tem se transformado. E as novas músicas que estão com essa cara diferente... eu estou muito entusiasmado trabalhando com elas, numa onda bem maneira. Uma onda mais lisérgica.

E.L.: Para finalizar, como anda a agenda? Onde o pessoal poderá te encontrar nos próximos dias?

A.P.: Esse final de março, começo de abril, foi um período de fazer uma mini tour. A gente começou por São Paulo, onde gravou o Estúdio Showlivre, material bem maneiro que está disponível aí - assistam - que já apresenta esse som novo e tal. Na mesma noite, a gente tocou junto com o Juliano Gauche em São Paulo. No dia seguinte, a gente tocou em São José dos Campos. No dia 1º, a gente tocou no Rio de Janeiro. Agora no dia 6, a gente toca na Autêntica, em BH. Dia 7 e dia 8, a gente toca em Campos dos Goytacazes. Então rolou essa circulação aí. Uma viagem que a gente está fazendo de carro. Pela primeira vez, a banda toda no carro, apertadinho e maravilhante. Esse período já está sendo bem maneiro de shows. Agora é circular mais com esse show, e aguardemos novidades. Valeu pelo convite! A Autêntica vai ferver... em chamas no chão (risos).

Então é isso, caboclada! Deixando aqui o meu muito obrigado pela contribuição ao André Prando, deixo vocês com "Em Chamas No Chão".


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